o regresso

Pois é..como o prometido é devido, estou de volta.

Decidida a mudar a minha vida e a não permitir que mais ninguém me magoe.

Estive no meu "retiro", onde muita coisa se passou

Onde muita lágrima deixei nas ruas por onde passei..

Onde a minha revolta foi expressa de uma forma menos própria..

Onde a minha estupidez foi tanta..que cheguei a pensar que não era digna de muita coisa..

O meu amor próprio era inexistente..é triste dizer isto..

Mas... aconselho mesmo muito...quando se sofre um grande desgosto de amor..em que a sensação de vazio toma conta de nossa vida e das nossas vontades, que devemos deixar que isso aconteça..mas por um curto período de tempo..e perdoar tudo o que aconteceu no passado, soltar toda a mágoa, toda a raiva, toda a angústia, toda a tristeza..tudo...deixem para trás..porque a vida está é a frente..o que passou .............. passou.............

é certo que parece fácil falar assim, mas não é fácil fazê-lo...eu ainda estou a conquistar terreno, mas sinto-me confiante.

Uma relação não vive só de amor, aprendi isso da forma mais difícil, sim, porque eu ...a eterna romântica acreditava nisso. Tinha uma visão da vida diferente.

Não posso dizer que tudo o que passei foi em vão, não foi.Vivi-o da forma como sei..intensamente, nos curtos períodos de tempo em que me era permitido. Não me arrependo de nada (mas se fosse agora, não faria as mesmas coisas).

Em suma, está em nós superar as coisas menos boas que a vida nos faz passar. Só temos de ter força. E aproveitar o que de bom está para vir.

Fiz uma magnífica viagem, (curiosamente este destino já me tinha "cruzado" uma vez na vida, ..foi um destino também escolhido para por pensamentos em dia)......enfim, e então decidi afastar-me de tudo, do meu mundo "normal", rumei à Pérola do Atlântico, fui até à Madeira, e olhem que a terra do Alberto João Jardim me fez muito bem, não sei se foi do ar mais seco, se foram aqueles túneis, ou a poncha...humm...talvez o picado..

Andava sem rumo no Funchal...e chorava, as lágrimas eram impossíveis de conter, também pensei que não as devia controlar...

Andei por toda a ilha..uns dias piores, outros melhores, e adorei este sítio em particular...a Ponta de São Lourenço...fascinante...relaxante...que me fazia pensar em tudo, e ao mesmo tempo esquecer tudo...

Não sou a mesma pessoa que aterrou na Madeira

e que hoje (depois de uma PÉSSIMA viagem de avião), aterrou em Ponta Delgada

O Amor destrói muita coisa...... mas também põe a prova a nossa capacidade de acreditar em nós.

Não há pura e simplesmente "Um amor e uma cabana"